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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Sem Rumo

   Eu ando sem rumo pelas ruas lotadas de desconhecidos, sem saber aonde ir ou onde eu quero chegar. Os passos lentos e o frio na barriga pelo que eu encontrarei no caminho, com lágrimas secas de dores passadas que caem pouco a pouco a cada passo... Parece tão incerto e certo esse caminho que eu percorro lentamente, tão angustiante e tranquilo que é impossível voltar. Afinal, a vida foi feita para se seguir em frente, voltar agora não faria sentido.
   Os carros passam, as pessoas passam, os prédios passam. Tudo tão colorido aos olhos que um dia viam apenas em preto e branco. Sonhar com o horizonte é permitido agora, sem as amarras que me prendiam ao chão tudo é permitido, e mesmo assim eu me vejo sentada preguiçosamente no gramado de uma praça qualquer de uma parte qualquer da cidade. E a grande lua no céu...
   Ela me olha confidente, sorrindo singelamente, sussurrando para que eu siga em frente e talvez, em anos, esse é o primeiro sorriso verdadeiro que me é dirigido, e eu me pego sorrindo de volta. A lua ainda parece ter a mesma cor, a minha preferida...

Construindo uma nação

Não olhe para trás
Enquanto o passado se vai 
Temos a chance de construir algo novo
Sob as cinzas do que se foi destruído
As ruínas de um civilização
O chão tingido de vermelho em comemoração

Olhe ao redor e me diz o que vê
Valeu a pena esquecer quem você queria ser?
Não olhe para trás

O que você se tornou é sem volta
Continue a pintar com seu pincel de ferro imbatível
Usando uma tinta de pouca duração
A coloração de alguém que já carregou um sonho no coração